A ausência de luz a ponto de impedir a percepção da imagem pelos nossos olhos (ou pela câmera) é uma situação extrema porque na realidade, entre a claridade intensa e a escuridão total existe uma variação gradual de intensidade luminosa que a nossa visão consegue se adaptar através da abertura da pupila dos nossos olhos. Você pode perceber isso facilmente ao entrar em um ambiente pouco iluminado, num dia ensolarado. Inicialmente você percebe uma escuridão e com o tempo, sua visão vai se “acostumando” e você passa a enxergar normalmente. Isso ocorre porque com muita luz, o diâmetro da sua pupila diminui para reduzir a quantidade de luz que entra nos olhos e leva algum tempo para que ela se adapte à menor quantidade de luz do ambiente, dilatando-se para permitir que mais luz entre nos olhos.

Portanto, para que a nossa visão consiga capturar a imagem de forma correta, é necessário que uma determinada quantidade de luz chegue à retina. Da mesma forma, na fotografia dependemos da correta quantidade de luz chegando ao sensor da câmera, ao que chamamos de exposição. O termo exposição advém do ato de expor o elemento fotossensível à luz, que pode ser um filme fotográfico na fotografia convencional ou um sensor na fotografia digital.

Quando o sensor é exposto com luz em excesso, as fotos resultantes se apresentam com as cores esmaecidas, tendendo ao branco, e a isso chamamos de sobrexposição (ou superexposição). Da forma inversa, quando existe falta de luz, a foto se mostra escura em sem detalhes e a isso chamamos de subexposição.

Figura 2.1: Exemplos de fotos subexposta, correta e sobrexposta

Na visão, essa exposição é feita de forma contínua e a quantidade de luz é controlada apenas pela pupila, mas na fotografia contamos com o ajuste de três parâmetros: Abertura, Velocidade e Sensibilidade.

A seguir veremos cada um desses parâmetros em detalhes e como se relacionam.

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